31 de Janeiro, 2023

Atividades desenvolvidas pela voluntária Clara Amorim

A Clara Amorim partiu para Nampula (Moçambique) ao abrigo do programa de Voluntariado Missionário Espiritano (VME). Assim, entre fevereiro e novembro de 2022, esta voluntária ficou inserida na Missão Espiritana de Nampula, onde conviviu com a comunidade local e onde desenvolveu várias atividades. Para tal, contou com a ajuda e orientação do Pe. Alberto Tchindemba, que é pároco da Paróquia São João de Deus, o diretor da Escola Comunitária São João de Deus, o Superior dessa Comunidade e também Superior do Grupo em Moçambique.

Passados já alguns meses desde o regresso, a Clara partilhou connosco as atividades que, durante esses 8 meses, desenvolveu no país.

Chegada a Nampula e primeiros dias em Itoculo

A Clara Amorim chegou a Moçambique em fevereiro de 2022. Logo nos primeiros dias rumou até Itoculo, uma pequena comunidade rural entregue aos Espiritanos que, além do trabalho pastoral, desenvolvem nesta área um intenso trabalho social.

Ali foi recebida pela Cristina Fontes, uma jovem leiga associada espiritana a viver em Itoculo desde há vários anos. A Cristina acompanhou os primeiros dias da Clara no país e ajudou-lhe a conhecer melhor a cultura local. Também lhe ofereceu uma pequena formação a fim de falicitar o seu processo de inculturação em Moçambique.

Após a formação, a Clara esteve na Escolinha com as crianças e viu como estava organizada a biblioteca de Itoculo. Estas duas experiências seriam de grande ajuda para, mais tarde, desenvolver o seu trabalho na Escola Comunitária São João de Deus, em Nampula.

Em Itoculo, a Clara também assisitiu a algumas explicaçoes que a Cristina dava aos alunos que estavam no internato da missão e deu explicaçoes de português a dois alunos externos.

Na área da saúde, esta voluntária também deu o seu contributo. Foi no centro de Nutrição, onde ajudou a pesar as crianças e a registar os dados.

Trabalho na Biblioteca Escolar

Após a sua viagem a Itoculo a Clara regressou para Nampula, cidade que seria a sua casa nos meses seguintes.

A voluntária começou com o trabalho na Biblioteca da Escola Comunitária São João de Deus. Este seria uma das suas principais ocupações durante o tempo em Nampula e os resultados foram excelentes. Na biblioteca organizou o espaço físico e a disposição dos livros. Além disso, construiu uma Base de Dados com todos os livros existentes a fim de servir de suporte à gestão das requisições de livros da Biblioteca.

Diáriamente, durante a manhã, a voluntária trabalhava na biblioteca e também dava algumas explicações de português e inglês aos alunos que frequentavam a biblioteca.

Apoio às Escolas da Missão

Na Escola Comunitária São João de Deus, a Clara Amorim também deu o seu contributo, sobretudo no reforço da organização e gestão das turmas. Para isso, elaborou uma Base de Dados dos alunos por turma e organizou o arquivo dos processos dos alunos por turma.

A voluntária também desenvolveu várias atividades no Jardim Infantil São Simão. Por um lado, participou na decoração das paredes, com pinturas de bonecos, frutos, bem como de exemplares da fauna e flora africanas. Por outro lado, colaborou na elaboração da ementa do Jardim verificando as quantidades necessarias de alimentos por criança, nomeadamente de carne, peixe, arroz, farinha etc.

Trabalho de gestão na Casa Espiritana

Numa realidade como a de Nampula, os desafios do dia-a-dia são muito diferentes aos do dia-a-dia em Portugal. Por isso, uma das responsabilidade da Clara era, nos dias em que não havia água da corrente pública, era ir à sua procura com a carrinha da Congregação.

Face á exiguidade e aos constrangimentos de água, a Clara decidiu promover uma campanha de angariação de fundos junto de alguns amigos em Portugal, com a ajuda do seu marido. Com os 6.500 euros que conseguiram angariar foi possivel fazer um furo de água para a nova casa Espiritana. O Furo está agora feito com um caudal de água razoavel e que se apresenta de boa qualidade, conforme as análises realizadas à mesma.

Durante as suas ausencias, o responsavel da Missão, Padre Alberto, apoiava-se na Clara para as labores de gestão da Casa.

Foram, como vemos, muitas as labores desempenhadas por esta voluntária e a sua presença em Nampula foi uma mais valia para a comunidade. Em trocas, e segundo as suas palavras, a Clara sentiu “como positivo, ter conhecido outras realidades completamente diferentes, outras comunidades do campo e da cidade, com diferentes costumes, aprender a ver com outros olhos e a sentir com mais intensidade as diferenças, que nos ajudam a tornarmo-nos pessoas mais humanas e tolerantes. Em suma, sinto-me interiormente mais enriquecida.”

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *