13 de Março, 2022
Reunião com as voluntárias Gabi e Cristina Fontes
A Cristina Fontes e a Gabriela Rodrigues chegaram ambas de Moçambique no passado mês de dezembro e regressos a Portugal são sempre oportunidades de encontro, partilha e avaliação. A Cristina regressou por um mês e pouco para passar o natal com a família, após 4 anos de projeto de voluntariado missionário. A Gabriela, por outro lado, regressou definitivamente, após 3 anos de trabalho missionário na Missão de Itoculo. No domingo houve oportunidade para estar com a Cristina, na Casa Espiritana do Pinheiro Manso, e foram muitos os assuntos abordados: desde a relação com a equipa missionária, partilha sobre o último ano de missão, perspetivas de trabalho a desenvolver durante este último ano e como preparar o coração para regressar. Na segunda-feira em Braga, tivemos oportunidade de reunir com a Gabi. Ainda a aterrar, confessou-nos, é ainda muito cedo para partilhar para grandes públicos o que foram estes últimos 3 anos em Itoculo. Mas garante que Itoculo a deixou muito feliz e a ensinou a encarar a vida com alguma tranquilidade. Criou uma nova família na missão de Itoculo, certamente.
Atividades desenvolvidas pelas voluntárias em benefício da comunidade
Ambas partilharam o que foi o seu trabalho, num projeto com a Caritas local, de apoio aos deslocados de Cabo Delgado. A Cristina é professora e a Gabriela é psicóloga, e a sua formação profissional permitiu montar um plano de formação para os “ativistas” locais, responsáveis pelo acompanhamento das crianças deslocadas (na área psico-social e educativa, principalmente). O seu trabalho no Lar de Rapazes (projeto desenvolvido em parceria com a Sol sem Fronteiras com o projeto “Aprender para Desenvolver”) também foi muito frutuoso, pois cada vez o aproveitamento escolar dos jovens é maior, e o trabalho que tem sido lá desenvolvido na educação integral dos jovens tem sido muito bem-recebido. Quanto ao trabalho na Biblioteca, a Gabi partilhou connosco que nos últimos 3 anos viu a Biblioteca crescer. A demanda foi tão grande que foi necessário ampliar espaços, aumentar a sala de informática, a área de estudo e até construir um pequeno espaço para venda de material escolar a um preço mais acessível ao rendimento das famílias. Com tudo isso, também foi necessário empregar um colaborador, o Domingos, que além de manter a Biblioteca, revelou-se uma ajuda preciosa no tempo da pandemia, pois com o diminuir da atividade, tornou-se ele próprio professor de macua para toda a equipa missionária (que esteve muito tempo impedida de trabalhar em pleno).
Muito mais ficou por contar, certamente, mas a verdade é que o voluntariado de longa duração é cada vez mais importante e útil para o desenvolvimento das comunidades. Dar a vida, por um, dois, três anos é um projeto enriquecedor, para quem parte, para quem está, para quem envia. Por cá, ficamos a contar por mais notícias, e a verdade é que em breve teremos mais novidades!
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