7 de Julho, 2022

Trabalho voluntário da Clara Amorim em Nampula

Há pouco mais de dois meses que a Clara Amorim partiu, ao abrigo do Voluntariado Missionário Espiritano (VME), para a Missão de Nampula, em Moçambique. Perante uma realidade tão diferente, os primeiros dias da Clara passaram-se a conhecer o país e as pessoas, mas muito rapidamente se conseguiu adaptar e começar com o trabalho.

Choque cultural

Todas as pessoas que partem em VME passam por um período de formação que dura, pelo menos, um ano. Mesmo assim, a realidade que encontram à chegada costuma surpreendê-las. A Clara, por exemplo, contou-nos que uma das dificuldades que encontrou foi adaptar-se a conduzir pela cidade de Nampula. O certo é que as condições do pavimento não são comparáveis às europeias e a forma de conduzir também é muito diferente, até porque a condução é do lado esquerdo. Por isso, a Clara tinha no início algum receio em conduzir o carro que, apesar de tudo, rapidamente conseguiu deixar atrás para poder desenvolver o seu trabalho na Missão.

Trabalho com jovens

Neste tempo em Nampula, a Clara já ficou responsável por tarefas muito importantes para a comunidade. Os seus dias começam na biblioteca da Escola Comunitária São João de Deus, onde desenvolve várias funções.

Em primeiro lugar, controla o acesso dos usuários. Isto é importante, porque apesar de a biblioteca pertencer à Escola, também a usam, sempre que possível, os alunos das escolas públicas cercanas. É por este motivo que um dos trabalhos da Clara é controlar que a biblioteca não fique sobrelotada e que o ambiente seja calmo e adequado para o estudo.

Igualmente, também trabalha no registro do empréstimo dos livros, que são, na sua maioria, manuais escolares. O seu uso na biblioteca é, muitas vezes, a única forma que alguns alunos têm de aceder a eles. Por este motivo torna-se necessário garantir que são emprestados de forma justa.

Ainda no registro, para tentar facilitar este processo, a Clara já mobilizou os seus filhos em Portugal. Informáticos de profissão, estes jovens solidários já estão a desenvolver um programa informático para a gestão da biblioteca que a Clara tenciona implementar já agora, durante a sua estadia.

Além de todo este trabalho, a Clara ainda está a ajudar no arquivo de documentos da Escola como, por exemplo, os processos dos alunos por turma.

Biblioteca construída pela Solsef

A Escola Comunitária São João de Deus, onde a Clara está a passar tanto tempo, é muito bem conhecida pela Sol sem Fronteiras. Ali desenvolvemos o projeto Inovação Educativa. É por isso muito emocionante ver, através das partilhas da Clara, que todo esse esforço valeu a pena, pois está a dar acesso a uma melhor educação a crianças e jovens.

Um muito obrigado aos Missionários do Espírito Santo, nossos parceiros no projeto e a todos os financiadores: a Misereor; as Campanhas de Solidariedade da Família Espiritana; a FEC através da Campanha dos Presentes Solidários; e a Prenda Solidária, cujos produtos foram vendidos por todo o Portugal graças a ajuda dos Jovens sem Fronteiras. Muito obrigado a todos por tornar este projeto possível.

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